Querida Mãe,
Quando leres esta carta devo estar na escola, a coloquei no lugar onde guardamos o café, porque sei que só tu a utilizas e é um lugar seguro.
Como sempre estou calado, as tantas pensas que não sei o que se passa, mas estas muito equivocada…
Sabias que deitou os meus poemas pela sanita. Diz que sou um cobarde e também outras coisas….
Querida mãe não chores mais!, O Mateus diz que há um telefone onde ajudam as pessoas como nós. Se decides que temos de ir embora prometo dar-te mil motivos para sorrir.
Te adoro,
Ismael
Poema original de Maria Luisa Calvet Santos. Venceu IV concurso de Microrrelatos contra a violência de género, em Madrid 2011.
Traduzido e adaptado por Belkis Oliveira
Porto 21 de Novembro de 2012.
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